TURQUIA MARAVILHOSA

“Paris que se cuide”; pensei, eu que adoro Paris, quando conheci Istambul.
Cidade única – situada a um só tempo nos Continentes da Europa e da Ásia, banhada pelo mítico Mar de Bosforo, e pelo Mar de Mármara, terra das belíssimas mesquitas e do Grand Bazaar.
Para realizar a vontade de Lilibeth, me animei a visitar a Turquia, embora temeroso pela novidade (civilização diferente da ocidental).
Fiquei ainda mais apreensivo quando li um guia sobre Istambul, de uma pessoa que diz ser ela a cidade mais linda do Mundo.
Quando li sobre a maldição do sultão (diarreia), pensei: vou me alimentar só de Mac Donald’s.
Ledo engano: comida deliciosa, convidativa e limpa.
Fomos até Paris, e lá pegamos um vôo da Turkish Airlines. Companhia aérea corretíssima, de boa qualidade, das melhores.
Chegando em Istambul, um cidadão nos pegou no Aeroporto para nos levar até o hotel Crowne Plaza Harbiye. Excelente. Quarto espaçoso, confortável; com um dos melhores e mais completos cafés da manhã que já provei.
Não fica na área central, onde se situa a Praça Taksin, mas o acesso é fácil, seja em caminhada de umas dez quadras, seja por shutle oferecido gratuitamente pelo hotel.
Havia contratado uma excursão pela Agência Abreu (excelente), mas chegamos dois dias antes do início, e ficamos por nossa conta.
Aproveitamos para um primeiro contacto com Istambul, e logo no primeiro dia fomos conhecer o Grand Bazaar.
Simplesmente inacreditável. Grandioso. Belíssimo.
Milhares de lojas espalhadas por corredores de uma construção medieval, oferecem de tudo o que se pode imaginar (joias, bolsas, casacos de couro e tecido, tapetes, souvenirs, etc…)
Nos corredores, os vendedores e os propagandistas não nos deixam em paz. Mas é só entrar no clima do lugar que a adaptação é fácil e fica tudo simpático.
Os preços são uma nota à parte. A princípio altos, voltam á realidade quando o freguês pratica a arte de pechinchar.
Atenção: é obrigatório pechinchar, sob pena de o vendedor se sentir até ofendido.
Eles já esperam que você vá pechinchar, e por isso colocam os preços mais altos, até dez vezes o valor real do produto.
Você pergunta o preço do produto; o vendedor fala um valor; você faz a contra-proposta; e a negociação segue indefinidamente, ou até você concordar com determinado valor.
É muito interessante e divertido.
Imagine se interessar por um maravilhoso tapete, o vendedor pedir 3.500 euros, e você acabar comprando por 750 euros. Isso é possível. E ainda ficou caro.
Enquanto isso, você saboreia o tchai, delicioso de maçã que eles oferecem gratuitamente.
É simplesmente impossível ir ao Grand Bazaar e não comprar alguma coisa.
Vale ficar um dia inteiro.
No Grand Bazaar e em pequenas lojas ao longo da cidade é possível comprar semi-jóias e bijouterias muito bonitas por bom preço. Também vale a visita ao Mercado Egípcio (mercado de especiarias).
Istambul é linda desde a saída do aeroporto. O caminho é todo ajardinado e com tulipas de todas as cores (a tulipa é a flor símbolo de Istambul).
A visão do Bósforo e do Mar de Mármara é inesquecível.
Assim como o são a Mesquita Azul, a Santa Sofia, a Torre Galata, e inúmeros outros prédios e monumentos.
A cada cem metros existe ao menos uma mesquita, e em todas elas há orações a partir das 5:30 da manhã. Em frente ao meu hotel havia uma, e era infalível: às 05:30 horas o cidadão iniciava a oração e nos acordava. Mas é muito interessante, e não chega a incomodar.
Fato curioso: em Istambul existe uma rede parecida com a Starbucks, que para mim pareceu melhor do que a original.
Lá fui apresentado, por nosso ótimo guia, ao café turco. Simplesmente diferente e inigualável. Isso sem falar nos confeitos recheados com grãos de café.
A moussaka – prato típico – é deliciosa.
De Istambul fomos para a Capadócia.
Ainda no Brasil, pensei: o que vou fazer naquele lugar árido e consumido pela erosão?
Quando lá cheguei, me encantei.
Uma van nos buscou no aeroporto de Kaisery (uma hora de viagem por excelente estrada asfaltada). Van novíssima, com poltronas reclináveis e wi-fi.
A geografia do lugar nos dava a idéia de que estamos em outro planeta; mas o que se vê é lindo.
Isso sem mencionar o passeio de balão de ar quente. Imperdível. Obrigatório.
Tivemos muita sorte, porque o grupo de nossa excursão tinha apenas cinco pessoas: eu, Lilibeth, Stuffs, e um simpático casal jovem.
Tornou-se uma excursão personalizada.
O guia – TUNT – é um cidadão Turco, extremamente culto, paciente e simpático.
Nos mostrou tudo o que estava no programa, e ainda mais, com explicações completas.
Num dos dias nos levou para conhecer a “árvore de Tunt“ (em outro post eu explico, mas é simplesmente única e demais).
Depois dou o e mail de Tunt para quem quiser conhecer a Turquia em grande estilo.
Neste post só um preâmbulo, um aquecimento, porque já se vai um ano e havia prometido a Tunt, que essa semana me cobrou o post, com razão, que hoje escreveria.
Há muito a dizer sobre Istambul e sobre a Capádócia: o aeroporto (único) de Istambul), as mesquitas, como dito, Santa Sofia, a cisterna, a Mesquita Azul, o palácio do sultão, o Bósforo, a Torre Galata, a Praça Taksin, os shopping centers, o metrô, os taxistas (um ponto negativo), a rua dos pedestres, a arquitetura única da Capadócia, os hotéis incrustados nas grutas, as cidades e igrejas subterrâneas, o passeio de balão, as cerâmicas e os casacos de couro, o café turco, o tchai.
Aos pouco irei lançando posts, porque a Turquia é única e merece muito espaço.
Por enquanto, um conselho: se você estiver planejando sair de férias, e ainda não sabe para onde vai, VÁ À TURQUIA. Você vai adorar.

A propósito: o melhor guia da Turquia se chama TUNÇ YALÇIN (pr0nuncia-se Tuntch).

e mail:  tuncyalcin@hotmail.com.

É cidadão turco, fala Turco, Italiano e Português.

Grand Bazaar

Grand Bazaar

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A árvore de Tunç.

A árvore de Tunç.

Café turco

Café turco

Dervish

Dervish

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DE HAMBURGO A DRESDEN

Em 13 de maio de 2012, num domingo, chegamos em Hamburgo.
Segunda maior cidade da Alemanha, segundo maior porto da Europa, atrás apenas de Roterdã (Holanda).
Em maio de 2104 completou 825 anos (o porto).
Enquanto fazíamos o check in no Hotel – Sofitel Hamburg Alter Wall, situado a dois quarteirões da Rathaus (Prefeitura), o recepcionista nos alertou de que estavam acontecendo no porto as festividades comemorativas de seu 823º. Aniversário; e que lá estava o Queen Mary, entre outros barcos, navios e veleiros.
Colocadas as malas no quarto, caminhamos dez minutos até o Porto, onde encontramos uma grande feira, com barraquinhas ao longo do píer, vendendo objetos, alimentos, vinho e cerveja.

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De destaque as salsichas alemãs, grelhadas, cobertas de curry, vendidas com pães.
Para beber, a cerveja alemã, ou o vinho branco (riesling), também alemão; este em taças.
Optamos pelo vinho, por causa dos 9º (nove graus) de temperatura que fazia naquele final de tarde.
Algumas mesas comunitárias de madeira, ali tomamos assento, e percebemos que em frente a um pequeno palco algumas pessoas “dançavam” ao som de música mecânica. Apuramos os ouvidos e identificamos a música de Michel Teló (“Ai Se Eu Te Pego”).
Incrível o sucesso dele na Alemanha. As rádios tocavam sua música a todo instante, e os alemães dançavam e tentavam repetir seu refrão.
A cada loja em que entrávamos o vendedor, tentando ser simpático, nos falava sobre Michel Teló.
Ficamos por ali e, terminada a “refeição”, passeamos pelo Porto, admirando belos navios e veleiros, alguns deles da Marinha de Guerra Alemã, e um da Rússia.

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Apesar do frio, foi uma experiência interessante.
Na segunda feira, um café da manhã que valeu por dois almoços (incluindo salsichas variadas, batata e feijão); além do vinho espumante.

 

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Passeamos pelos variados pontos turísticos da cidade – não são muitos, subimos na torre da Nikolaikirche, ainda chamuscada pelas bombas da 2ª. Guerra, uma das poucas edificações de Hamburgo que resistiu aos pesados bombardeios, e demos a volta, a pé, ao redor do pequeno lago de formato quadrado localizado no centro da cidade.

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Depois, as lojas, que, como em cada cidade de média a grande da Europa, são as mesmas (Zara, HM, etc…), sem deixar de mencionar as grandes lojas de departamentos alemãs, com preços bons (melhores do que em Paris) e com produtos que nem sempre são encontrados em Paris.
Apesar de ser uma cidade grande, não é preciso mais do que duas noites em Hamburgo, porque, em razão dos bombardeios na 2ª. Guerra, pouca coisa restou de original, e a reconstrução com reconstituição foi restrita a alguns poucos prédios.
Na terça feira, após o café da manhã, fomos a pé até a locadora (Hertz), e ali retiramos o carro prèviamente alugado, um Mercedez-Benz, com GPS.
O GPS é indispensável para quem, não conhecendo bem o idioma alemão, se aventura a por lá dirigir. Era o último Mercedez disponível (a alternativa não era satisfatória, porque se tratava de um BMW, que é mais desconfortável e tem a direção mais dura), por isso, veio um carro mal cuidado, inclusive sem calota. Ponto negativo para a Hert. Reclamei, e pediram desculpa. Falta que pode ser relevada, porque a empresa tem bom atendimento.

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Bremen

Bremen

 

 

 

 

 
Pegamos as malas no hotel, e partimos em direção ao sul.
O projeto original previa algumas pequenas cidades da região, ainda ao norte de Hamburgo, mas percebemos que não caberia no calendário.
E abrimos mão.
Descemos, em direção sudoeste, até Bremen.
Muito bonita, fez parte da Liga Hanseática desde meados do século XIV, também porto (o segundo maior da Alemanha), no Rio Weser.
O centro histórico é pequeno, mas vale ser visitado.
A Rathaus (Prefeitura), do século XV, tem belíssima fachada renascentista, com acréscimo gótico feito anos depois. Também a Catedral exibe bela construção.
Na praça, é interessante a escultura dos “Músicos de Bremen” (um burro, um cão, um gato e um galo, fazem uma pirâmide, e lembram o conto dos Irmãos Grimm.

Estrada para Bergen-Belsen

Estrada para Bergen-Belsen

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Uma hora na cidade, e um “café” na Starbucks, e seguimos viagem, com intenção de chegar até Hannover, mais ao sul.
No caminho, Stufs, sempre ligada, descobriu que, nas proximidades, ficava o Campo de Concentração de Bergen-Belsen, conhecido por ser o lugar onde Anne Frank (a adolescente holandesa que escreveu o famoso diário) esteve presa por longo tempo, e morreu apenas três semanas antes da liberação do campo pelas tropas aliadas.
Esticamos até lá, e, curiosamente, passamos por uma estrada utilizada por tanques militares, que ficam numa base situada pràticamente ao lado do Campo.

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A visita ao Campo, deprimente, evidentemente, não deixou de ser interessante – assim como nos Campos de Dachau e Sachsenhausen – para lembrar, conhecer um pouco mais, e tentar entender a razão do acontecido na 2ª. Guerra Mundial.
Para aqueles que insistem em dizer que nada aconteceu, convém visitar o Campo.
A exposição de fotografias é terrível, assim como os filmes originais.
Na entrada, a recepcionista me autorizou fotografar as fotografias expostas. Depois de algum tempo, um funcionário mandou que parasse de fotografar.
Não sei a razão. Desconfio, mas prefiro não dizer.

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De Bergen-Belsen fomos até Hannover, Capital da Baixa Saxônia, um pouco menor do que Bremen, que foi totalmente reconstruída após a Guerra.
Bonita, mas também dá para visitar em um dia. Só de passagem, assim como Bremen.De Hannover, fomos para sudeste, até Goslar. Linda, maravilhosa, inesquecível, patrimônio da UNESCO.

Goslar

Goslar

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Pequena cidade, com pràticamente todas as casas de madeirame à vista – estilo enchamel, vale um pernoite.
Chegamos já no início da noite, tempo chuvoso, sem reserva de hotel. Encontramos um delicioso hotel, quase familiar, em uma construção típica da cidade, com pessoal atencioso, e diária bem accessível (100 euros para três pessoas, com café da manhã incluído, e garagem fechada).
Hotel Die Tann.
Jantar num restaurante situado na maravilhosa praça central, e tranquila noite de sono em um apartamento enorme, com duas televisões, um corredor (dentro do quarto). Na verdade, uma suíte.
Na manhã seguinte, passeio a pé pelo centro, não passando disso, porque, apesar de ser meio de semana, era feriado na cidade. Na verdade, na Alemanha. Alguém me explicou que era alguma coisa como o dia dos homens.
Pelas ruas, uma enorme quantidade de jovens puxando daqueles carrinhos típicos de estórias de quadrinhos, carregados de cervejas e garrafas de outras bebidas.
Festejavam o referido feriado.

Ao meio dia, feito o check out, e com os ânimos renovados pela beleza da cidade, seguimos viagem ainda mais para sudeste, passando ao lado de Halle, e entrando em Leipzig (uma decepção, depois de tantos elogios ouvidos de um amigo advogado).
Só vale porque lá está o túmulo de Bach, que por lá atuou como mestre-de-capela, em mil setecentos e pouco.
Para almoçar, foi uma tragédia.
Não encontrávamos um restaurante no mínimo razoável, e acabamos “almoçando” na Starbucks (grata revelação nessa viagem).

Leipzig

Leipzig

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Ainda descendo em direção ao sudeste, chegamos a Meissen, mundialmente conhecida pela fabricação de porcelana.
O centro antigo da cidade é pequeno, tendo uma Rathauss em cuja parede externa existe um interessante relógio de sol e, pràticamente em frente, uma igreja, cuja torre é provida de um campanário com dezenas de pequenos sinos de porcelana, que ao meio-dia toca uma música. Interessante.
As lojas de porcelana são encantadoras, e dá vontade de comprar tudo, de pequenos bibelôs a estatuetas de porte médio.
O problema são os preços. As porcelanas renomadas são caríssimas – 1.500 euros um pequeno bibelô, pouco maior do que um telefone celular.
Compramos um bibelô representando uma criança alemã, muito bonito, com preço razoável.

Dresden

Dresden

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De Meissen, descemos ainda um pouco mais para sudeste, até chegar a Dresden.
Lindíssima, supermaravilhosa.

O Passeio do Príncipe - Dresden

O Passeio do Príncipe – Dresden

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O Guia da Folha de São Paulo diz que é uma das mais belas cidades da Europa. Com certeza, ainda é a mais bela cidade alemã.
Como bem lembrado pelo Guia da Folha, era conhecida como a “Florença do Norte”, e exatamente por isso, na 2ª. Guerra Mundial foi escolhida como alvo maior dos aliados, que, em uma única noite, lançaram milhares de bombas, destruindo pràticamente toda a cidade, e matando em torno de 35.000 pessoas.
Chegamos lá com a intenção de passar duas noites. Passamos quatro, ainda dependendo da boa vontade dos recpcionistas do hotel Ibis Lilienstein, que, para a última noite, nos conseguiram vaga num outro Ibis, situado bem ao lado.

IMG_2415Onde ficar – Ibis Lilienstein, situado num calçadão, em um prédio enorme, ao lado de dois outros Ibis, igualmente grandes.
Muito bem localizados, fica numa praça ao final do calçadão de lojas, ao lado de uma Starbucks.
Tem um estacionamento descoberto, público, pago, nos fundos. O pagamento é através de moedas em máquina automática. À noite é gratuito. Mas é importante colocar as moedas já às 08:00 horas (se o carro pernoitar), porque um minuto após as oito da manhã os fiscais já estão por lá, multando.
Um dia inteiro sai por 6 (seis) euros.
Cinco minutos a pé pelo calçadão (sem contar as inúmeras paradas nas ótimas lojas, e numa feira numa praça, para tomar vinho, cerveja, com salsicha ou joelho de porco), e chegamos ao centro histórico.

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De tirar o fôlego de tantas belezas.
Numa das ruas há um painel (no quarteirão inteiro) num dos muros, se não me engano chama-se “o passeio do príncipe). Muito bonito.
Também em Drescen podem ser comprados lindas esculturas e belos bibelôs, de porcelana.
A parte histórica da cidade fica às margens do Rio Elba e é, desculpem a insistência, maravilhosa.
Há vários restaurantes, de regiões variadas do mundo, e o almoço e o jantar podem ser feitos lá.
Preferí passar o dia à base de salsicha e vinho, deixando para jantar num dos restaurantes.
A cidade é muito segura, e pode-se caminhar à noite, sem perigo.
Quando lá estivemos havia um festival internacional de jazz, com músicos de diversas partes do Mundo, especialmente dos Estados Unidos.
A cidade estava lotada, mas ainda assim não houve perda de qualidade nos serviços essenciais (o difícil foi encontrar vaga em hotel).
Se estiver chovendo é possível jantar no Ibis que fica no meio (são três). A comida é razoável; com vinho, é claro. Ou cerveja.

De Dresden, a ideia inicial era ir até a República Tcheca, em Karlovy Vari, cidade que aparece num filme da Queen Latifa, chamado “As Férias de Minha Vida”.
É uma comédia muito interessante, cuja maior parte se passa naquela cidade, no Grand Hotel Pupp (o hotel existe e é maravilhoso).
Quando vi o filme fui tomado de vontade de conhecer a cidade e o hotel.
À noite, no quarto do hotel em Dresden, eu e Stuffs preparávamos o roteiro para a manhã seguinte, até Karlovy Vary, quando bateu uma cisma: “vamos deixar para outra oportunidade. Vamos para Nuremberg”.
Foi a sorte: alguns dias depois, quando íamos devolver o carro à locadora, em Paris, descobrimos que aquele carro não poderia entrar na República Tcheca (política comercial da locadora). Se tivéssemos ido, ia dar problema.
Enfim, no dia seguinte, íamos para Nuremberg.
Mas fomos em direção ao leste, passando por Weimar (aquela da Constituição de 1919), Erfurt e Eisenach.
Belas cidades, mas visitáveis de passagem.
A ficha caiu: não era razoável ir até Nuremberg, porque naquela noite seria jogada em Munique (a uma hora de Nuremberg) a final da Copa dos Campeões da Euro, de Futebol (Bayern Munchen e Chelsea, da Inglaterra).
Não haveria vaga nos hotéis num raio de 100 km.
Lêdo engano.
Não havia vaga nos hotéis nem onde estávamos, bem mais distantes: Weimer, Erfurt, Eisenach.
Após muito procurar, e nada encontrar, chegamos em frente a um Ibis situado na área rural de Eisenach.
Encontramos vaga, pensei.
Contornando o hotel, um calafrio: um big ônibus de turismo estacionado nos fundos.
Na recepção, a resposta inevitável: não temos vaga.
A recepcionista, a nosso pedido, cometeu a gentileza de verificar, pela Internet, se havia vaga em Frankfurt.
Havia.
Partimos em direção ao Ibis Frankfurt City Center, já anoitecendo, com céu nublado.
Foram 260 Km de estrada.
A sorte é que estávamos numa Autobahn, e este humilde cidadão teve a coragem de colocar até 180 km/h de velocidade no carro.
Chegamos em Frankfurt debaixo de um temporal. Como choveu.
Nos instalamos no hotel e ainda assistimos o segundo tempo do futebol.
Sorte da Stuffs, que conheceu Frankfurt. Não estava no programa, e eu lá já estivera por duas vezes.
Duas noites em Frankfurt, comércio fechado, porque era domingo, e partimos para a pérola da viagem: HOTEL CASTELO AUF SCHONBURG, perto de Bacharach, na beira do Rio Reno, quase em frente ao lendário Rochedo Lorelay.
Final de tarde, jantar e noite inesquecíveis.
Vale uma viagem.
Conferir post específico.
Já estive lá em duas oportunidades, volto se puder, já encaminhei muita gente para lá.
Repito: vale uma viagem.
De lá, o inevitável: a “Grande Finale” de qualquer viagem à Europa: PARIS.
Fica a sugestão do roteiro, que pode ser aumentado ou reduzido, e até modificado.
Mas três lugares são de visita obrigatória, além de Paris, é claro: GOSLAR, DRESDEN E O CASTELO AUF SCHONBURG.

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BAVÁRIA E TIROL

Não obstante o “blog” tenha sido criado por causa da França, já disse que podemos viajar por outros países da Europa, igualmente belos.

Aqui, uma sugestão de roteiro para um tour relativamente pequeno, de cinco dias inteiros, por uma das mais belas regiões da Europa – A Bavária, que fica no sul da Alemanha, e o Tirol, no sudoeste da Áustria.

As paisagens alpinas são inesquecíveis. Assim como os inúmeros lagos (de todos os tamanhos), com águas calmas, que refletem a paisagem que os rodeia.

Cinco dias são suficientes, mas o ideal é de uma a duas semanas, só na região.

Antes, uma passagem por um verdadeiro Castelo Medieval, que foi transformado em hotel, às margens do Rio Reno, perto do Rochedo Lorelei.

Chegando pelo Aeroporto de Frankfurt, e alugando um carro (Hertz ou Avis, de preferência, e categoria Mercedez Benz ou BMW, porque já vêm com GPS), a sugestão é que, do aeroporto, se saia direto em viagem (afinal, apesar de todos os odes, Frankfurt não é lá essas coisas.

Pode ser deixada para outra oportunidade, quando a viagem se centrar na região.

Seu centro histórico é pequeno, limitado à metade de uma praça – o Romer, e assim mesmo reconstruída.

Romer, em Frankfurt

Romer, em Frankfurt

A cidade é moderna, sede das grandes corporações alemãs, mas, turìsticamente, é o mesmo que ir a New York ou a São Paulo.

Em se tratando de Alemanha, o melhor é aproveitar o interior, as cidades medievais, os Alpes, os lagos.

Por isso, saindo de Frankfurt no mesmo dia da chegada à Alemanha, há duas opções:

– a primeira, é ir em sentido sudeste até Nuremberg, cidade que compartilha com Munique o título de berço do nazismo, onde ocorriam as gigantescas manifestações públicas, e onde se deu o julgamento dos altos líderes nazistas, após a 2ª. Guerra Mundial.

– a segunda, é ir em sentido oeste, até Oberwesel, passando por Bacharach.

Ambas ficam à margem do Rio Reno, distantes, uma da outra, 9,5 Km (14 minutos de viagem).

Bacharach

Bacharach

Bacharach é lindíssima (tem praticamente só a rua principal e uma que a corta em perpendicular, e leva até um albergue da juventude que fica num castelo.

Oberwesel e o Reno.Foto tirada do Hotel Castelo.

Oberwesel e o Reno.
Foto tirada do Hotel Castelo.

Em Oberwesel, no alto da montanha, fica o Schloss Auf Schonburg, onde vale a hospedagem por uma noite.

A hospedagem é no próprio castelo (e não em frente ou próximo ao), que é uma construção milenar.

A diária inclui o café da manhã e o jantar (este, de 4 pratos – na verdade 5, simplesmente inesquecível.

Hotel Castelo Auf Schonburg

Hotel Castelo Auf Schonburg

Veja post específico.

A única desvantagem dessa segunda opção é que ele fica no sentido oposto ao da Bavária e do Tirol, mas ainda assim vale a pena.

De Frankfurt até o Castelo a distância é de 98 Km (01:30 hs).

Do Castelo até Nuremberg a distância é de 310 Km (03:30 hs).

Se preferir, vá direto do Castelo até Garmisch-Partenkirchen (496 Km, 05:25hs).

De Nuremberg, o ideal é descer em direção a Garmisch-Partenkirchen (258 Km, 03:00hs), indo, primeiro, até o Castelo de Neuschwanstein, perto de Füssen. Esta cidade é apenas referência para chegar até o Castelo, que fica praticamente ao lado de outro Castelo, o de Schwangau. Este segundo Castelo não é interessante. O que vale a pena é o de Neuschwanstein.

Mas, para chegar até lá, pelo GPS, o mais fácil é indicar o Castelo de Schwangau.

Schloss Neuschwanstein

Schloss Neuschwanstein

Chega-se a uma área parecida com um parque (tem estacionamento pago).

O Castelo de Neuschwanstein fica ao alto, à esquerda de uma espécie de avenida. Nesta, à direita, há restaurantes. Ali há um quiosque onde se compra uma passagem para o ônibus que leva até o Castelo. Algumas pessoas preferem subir a pé. Eu subi de ônibus e desci a pé.

Não acho que vale a pena entrar dentro do Castelo. Perde-se tempo, e, afinal, o interior de todos os castelos é sempre a mesma coisa. Nesse, o que vale é a vista, inclusive de uma espécie de ponte cujo acesso se dá por uma pequena trilha em meio à floresta, a pé.

Garmisch-Partenkirschen

Garmisch-Partenkirschen

De Neuschwanstein o destino é Garmisch-Partenkirchen (60 Km, 01:00 hora), cidade comum centro histórico bonito, e de onde (28 Km) chega-se, de carro, até o estacionamento do teleférico que leva ao Zugspitze (ponto mais alto da Alemanha, com 2.964 metros de altura).

Subindo ao Zugspitze

Subindo ao Zugspitze

É imperdível, inclusive porque, na subida do teleférico, passa-se sobre a divisa da Áustria com a Alemanha.

A vista lá de cima é estonteante; tudo com neve eterna em volta, e o lago e a cidade de Garmisch-Partenkirchen lá em baixo.

A hospedagem em Garmisch pode ser feita no Hotel Mercure (www.accorhotels.com), situado num lugar bem agradável.

O quarto passo é descer de Garmisch até Innsbruck, na Áustria. São 57 Km, em 01:15hs de viagem.

Innsbruck

Innsbruck

Innsbruck também é linda, e a hospedagem pode ser feita no Hotel Maximilliam, no Centro, quase em frente a um shoping center, onde há um estacionamento público coberto para o carro. Fixa a duas quadras do centro histórico.

Salzburg

Salzburg

O quinto passo é sair de Innsbruck em direção a Salzburgo (terra natal de Mozart), passando por Berchtesgaden (onde fica o Kehlsteinhaus – ninho da águia, a casa de verão de Hitler)

De Innsbruck até Berchtesgaden a distância é de 167 Km (02:30 hs).

No Ninho da Águia - Berchtesgaden

No Ninho da Águia – Berchtesgaden

Se houver tempo, pegar um ônibus especial no pé da montanha, para subir até o Ninho da Águia. É muito bonito. E sobe-se inclusive, do estacionamento do ònibus no alto da montanha até a casa (mais acima), por um elevador que usa um poço escavado no meio da rocha, que ainda é o mesmo que era utilizado por Hitler e seus convidados.

Lá de cima a visão da região é igualmente maravilhosa, com várias montanhas, lagos, e vales, com inúmeras cidades.

De Berchtesgaden até Salzburgo a distância é de 24 Km (0:39 hs).

Em Salzburgo, fiquei em um hotel simples, porém muito bom, de nome Austrotel.

Vale a pena ir de Salzburgo até Bad Ischl (onde Sissi ficou noiva de Francisco José I, da Áustria). São 55 Km (01:14 hs).

O sexto passo é ir de Salzburgo até Munique. São 143 Km (01:51 hs).

Em Munique, o melhor é o centro histórico, bem conservado.

Na Praça central, por volta de meio dia, há um carrilhão com figuras que se movem.

Nessa Praça, um pouco antes, ou durante a exibição do carrilhão, guias turísticos oferecem seus préstimos, e formam, espontâneamente, grupos que irão seguí-lo em um tour pelo centro de Munique, nos pontos mais importantes.

Há guias em inglês e em outras línguas.

Não é preciso inscrição e nem comprar ingresso. É só seguir o grupo do guia.

No final, ele pede uma pequena contribuição, cujo valor fica a nosso critério.

Vale a pena, se tiver tempo disponível, porque é um tour de grande conteúdo histórico.

Perto de Munique tem o campo de concentração de Dachau – 30 Km, 45 minutos. Foi um dos campos mais violentos, porque era a escola de treinamento do pessoal da SS e dos comandantes e guardas dos campos de concentração.

Os inimigos políticos do Reich, além dos judeus, eram mandados para lá.

É uma aula e tanto. De história, e de comportamento humano.

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PRÓXIMO DE PARIS

Se você estiver em Paris, e tiver alguns dias livres – já conheceu o mais importante da cidade, ou voltou para ficar apenas alguns dias e fazer pião para outros lugares, você pode “viajar” pela “região”, fazendo passeios de meio dia, de um dia, ou até de dois dias, sempre, entretanto, mantendo a hospedagem em Paris.

Você tem três opções para fazer isso.

Uma delas é comprar uma excursão na agência Cityrama (Fica atrás da estátua de Joana D’Arc, ao lado do Hotel Regina, entre o Jardim das Tulherias e o Louvre). Há excursões em variadas línguas e, em alguns dias, em espanhol e português. Os guias são muito bons, e há, como disse, passeios de tamanhos variados. Os preços são razoáveis.

Essa agência corresponde à Grey Lines, dos Estados Unidos, e à De Böeck, da Bélgica.

Outra opção é alugar um carro, o que lhe dará mais mobilidade e ganho de tempo. Além disso, mesmo a caminho de um lugar determinado, você pode parar em pequenas atrações pelo caminho.

A terceira opção (não necessàriamente nessa ordem) é por trem; especialmente se for o TGV.

Você pode sair de Paris, por exemplo, às 08:00 horas da manhã, viajar uma hora e trinta e cinco minutos até Bruxelas, passar todo o dia lá, e às 21:00 já estará de volta em seu hotel, em Paris.

Ou pode ir até Londres, de Eurostar, passando pelo túnel sob o Canal da Mancha, em mais ou menos duas horas de viagem. Pode voltar no mesmo dia, ou até pernoitar em Londres. Mas, nesse caso, lembre-se que haverá controle de passaportes, e que a moeda é diferente do Euro (a Libra, ou Pound).

Perto de Paris (em seus subúrbios ou fora) há uma enormidade de lugares para visitar, sendo que todos os passeios podem ser feitos da manhã até a noite do mesmo dia.

Versailles, onde fixa o palácio do mesmo nome, é uma visita obrigatória.

Acrescente a Disneyland, o Château de Malmaison, St-Germain-en-Laye, Sceaux, Vaux-le-Vicomte, Fontainebleau.

Não tão perto, mas acessíveis em um único dia, estão Chartres, Epernay,  Reims, Rouen, os castelos do Vale do Loire.

Há um livro – não sei se já falei sobre ele – de uma norte-americana (Ina Caro, casada com um jornalista igualmente norte-americano, que, no dizer dela mesma, se apaixonou pela França), chamado “Paris Sobre Trilhos”, em que a escritora apresenta uma série de roteiros, feitos por trem, todos a partir de Paris, em que ela vai e retorna no mesmo dia.

É um notável passeio pela França, sobretudo pela história da França, onde ela visita os lugares e seus castelos, respeitando a cronologia; ou seja, visita os mais antigos, e vem avançando no tempo. Diz ela que percebe a evolução das épocas com a simples visualização dos castelos (antigamente, fortalezas, e mais recentemente verdadeiras obras de arte).

Há um outro livro, de um francês (não me recordo o nome do cidadão, porque o livro está emprestado com uma amiga), chamado “Última Estação: Paris”, em que o autor narra suas visitas a vários pontos de Paris, onde identifica construções e vestígios de construções históricas, sempre tendo como referência uma estação de metrô).

São referências que faço para facilitar para quem tem mais tempo em Paris, e quer conhecer tanto Paris quanto a França um pouco melhor. Indo além de onde vai o simples turista.

É apaixonante, porque Paris e a França são simplesmente maravilhosas.

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Viajando pela França

Outro conselho: alugue um carro. Não tenha medo de dirigir na Europa, sobretudo na França.

A forma geométrica do país (França) facilita as viagens, porque nada é tão longe. É como se você estivesse viajando por Minas Gerais.

Por isso, na primeira viagem que fiz por lá de carro (com um colega), exageramos no roteiro. Iniciamos por Toulouse, passeamos por toda a região, fomos até o Maciço Central, viramos a oeste para Bordeaux, subimos no sentido oeste noroeste, pousamos em Brive, Rennes (Bretanha), Caen (Normandia) e fomos terminar em Paris. Foi como se fizéssemos a metade oeste da França, no sentido sul para norte.

Você vai ficar impressionado com a qualidade das estradas (por menores que sejam) e com a prodigalidade de sinalizações e de indicações de lugares para onde você quer ou deve ir.

Nessa hipótese, escolha uma região da França (eu começaria pela Alsácia, depois, a Bretanha e a Normandia); escolha um lugar para você chegar de avião, vindo do Brasil. Por exemplo, você vai de avião até Paris, lá pega, logo em seguida, um vôo para Estrasburgo.

Nesse caso, já vá com o hotel de Estrasburgo reservado; por exemplo, por quatro noites. Voce pega o carro alugado no aeroporto, e se hospeda, por exemplo, no Hotel Ibis Center Halles, ou no Novotel, ao lado do Ibis (muito bem localizados, da Rede Accor, em prédios novos e bem conservados).

Calcule quando você vai retornar ao Brasil, e reserve umas três noites para Paris, e ali fique no Hotel Mercure Paris Gare de Montparnasse (Rede Accor) – faça um cartão A-Club, de fidelidade da Accor, e receba alguns benefícios nas suas estadias (o cartão é gratuito).

Os dias de sua viagem que entremearem suas estadias em Estrasburgo e em Paris serão reservados para viagem livre. Você partirá de Estrasburgo para Paris, e irá visitando várias cidades pelo caminho, pernoitando onde você achar conveniente. É fácil encontrar hotéis. Você aproveitará mais a viagens, cortando lugares dos quais você não gostar, e ficando mais onde você se der bem. Nessas viagens, é muito comum, pelo caminho, você ter que desviar para uma vila interessante, uma abadia, enfim.

Esse é apenas um exemplo.

Se você optar pela Bretanha e Normandia, faça “pião” em Rennes, ou mesmo em Rouen (esta fica muito próxima de Paris – no máximo uma hora de carro).

Na região, você têm St. Malô, o Mont St. Michal, Etretat, e as praias do Desembarque na segunda guerra. Não deixe de ir a St.-Mère Église.

Enfim, todas as regiões da França podem e deve ser visitadas; porém, uma em cada viagem, para melhor aproveitamento. Mas sempre encerrando em Paris.

Outra escolha importante é a da época em que você vai viajar.

Para a Europa, principalmente nas primeiras vezes, não convém ir nos meses frios – do final de outubro até meados de abril.

Na primeira vez em que Lê, Paulets e Stuffs foram à Europa foi na passagem do ano de 2000 para 2001. Detestaram; inclusive Paris.

Nos meses de inverno, ou próximos do inverno, na Europa, os dias são muito curtos – amanhece quase às 10:00 horas e anoitece logo após as 16:00 horas (aqui me refiro a dia claro e a dia escuro).

Se estiver com tempo chuvoso (ou “nevoso”), pior ainda. O dia parece noite.

E ainda tem o problema com os agasalhos. Enchem e pesam as malas, e são difíceis de portar quando você não está ao ar livre. Dentro das estações de metrô, então, são terríveis se os mantivermos vestidos. Teve gente que viajou comigo em janeiro, e passou mal, por causa do calor dentro do agasalho, no metrô.

Se você for entre o início de maio e o final de setembro (é a melhor época), você terá dias claros já a partir das 06:00 horas e só anoitecerá entre 21:30 e 22:00 horas.

O custo-benefício é inegável. Você tem mais de 15 horas de luz solar, e pode fazer viagens mais proveitosas.

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PRIMEIRA VIAGEM – ONDE IR?

Voltando à primeira viagem para a Europa: ONDE IR?

No meu conceito, Paris é obrigatória. Depois, Roma. A terceira pode ser Londres (os jovens adoram Londres – eu detesto). De qualquer forma, para “inaugurar a Europa essas três são básicas.

Deixe Amsterdam, Madri, Lisboa, Viena, Bruxelas, Budapeste e Praga para outras viagens.

Outra questão importante: eu nunca iria a Budapeste e a Praga sem uma excursão (nesse caso, apesar das já apontadas desvantagens, vale repetir uma viagem por excursão – eliminando a regra de só fazer a primeira por excursão).

Por que?

São países que pertenciam à Cortina de Ferro, falam línguas estranhas e muito difíceis para nós; lá poucos falam o inglês, e eles são meio que “fechados” com estrangeiros. Talvez sejam resquícios da época da Cortina de Ferro.

Pergunta: vale a pena repetir alguma cidade (nas viagens subsequentes), sem antes conhecer outras?

Vale a pena repetir uma: PARIS.

Essa é, para mim, obrigatória em todas as viagens.

Sempre termino minhas viagens em Paris, ainda que ficando apenas dois ou três dias.

Paris é maravilhosa, sensacional, deslumbrante, intrigante, é tudo. Paris é Paris.

Não existe no Mundo outro lugar semelhante.

A sensação de estar em Pais é única.

Só tem um problema. Quando você vai a Paris pela primeira vez, passados no máximo seis meses você já começa a sentir síndrome de abstinência; e a vontade de retornar a Paris é irresistível.

Mas, se você já foi a primeira vez, e conheceu Paris, Roma e Londres, onde ir nas próximas viagens?

Aí, defina qual é o país do qual você mais gosta; se você tem lembranças do que aprendeu na escola, se algum amigo ou parente já fez referência; e se o que você vai encontrar é de seu interesse.

Detalhe também importante: em cidades maiores, nunca fique menos de três dias inteiros. Na verdade, três dias inteiros já são pouco.

Algumas sugestões de tempo de permanência:

Londres – três dias inteiros;

Madrid – dois dias inteiros;

Barcelona – quatro dias inteiros;

Roma – quatro dias inteiros;

Viena – dois dias inteiros;

Lisboa – dois dias inteiros;

Bruxelas – dois dias inteiros;

Praga – um dia inteiro;

Budapeste – um dia inteiro;

Berlim – dois dias inteiros;

Munique – dois dias inteiros;

Frankfurt – dois dias inteiros;

Estrasburgo – dois dias inteiros;

Amsterdam – dois dias inteiros;

Paris – sete dias inteiros.

Ao decidir quantos dias você vai permanecer numa cidade, você deve levar em conta as viagens por locais próximos, o que implica em aumentar um dia.

Por exemplo, se você vai a Amsterdam, terá de considerar uma ida (um dia) a Markem e Volendam.

Em Munique, uma ida ao campo de concentração de Dachau.

Isso sem falar nos passeios pela região – Bavária, que é linda. Menciono Garmisch-Partenkirschen e Berchtesgaden.

Em Estrasburgo, um passeio, de um dia, pela “rota do vinho da alsácia”.

Em Roma, uma viagem de um dia até Capri, para conhecer a Gruta Azul.

São aqueles opcionais – mesmo nas nossas viagens particulares – que não podem ser descartados.

Sobre Roma. Como o mapa da Itália é estendido e estreito, ou você programa uma viagem apenas a Roma, ou você programa uma viagem à região da Campania (Campanha) (Nápoles, Capri, Costa Amalfitana).

Se você não tiver pelo menos quatro dias inteiros para Roma, não vá à Campania (Campanha); a menos que você tenha mais cinco ou seis dias para a Campanha. Se seu período de permanência na Itália for curto, opte pela região da Campanha. Roma pode esperar.

A Costa Amalfitana (Amalfi, Positano) é maravilhosa e de ida obrigatória.

Uma estadia de no mínimo duas noites em Anacapri é inevitável.

Se você gosta da França, comece suas viagens por lá. Sempre tendo Paris como referência final.

 

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COMO MONTAR SEU PACOTE DE VIAGEM?

Primeiro, defina quando você vai, e quantos dias você terá no Exterior. Não conte com o dia da chegada e o dia da partida, porque são cortados ao meio, e você acaba não fazendo nada. Quando muito, no dia da chegada, você vai dar um breve passeio pela cidade, para um primeiro contacto. No dia da saída, você ainda poderá dar uma corridinha em alguma loja, para uma compra de última hora.

Não se esqueça de que, em regra, os hotéis europeus tem o horário do check out ao meio dia.

Como a maioria dos voos de volta para o Brasil sai à noite, você terá alguma dificuldade, porque não há sentido em você ter que ir para o aeroporto ao meio dia para um vôo dez horas depois.

Mas, para evitar isso, existe uma possível solução: o day use ou late check out.

Isso significa que você pode conseguir, na recepção, autorização para ficar um pouco mais – eu, geralmente, fico até as 18:00 horas, pagando uma meia diária. Pode parecer caro ou abuso, mas vale a pena, porque você pode ficar confortavelmente instalado em seu quarto do hotel, e tomar um banho minutos antes de sair para o aeroporto.

Alguns hotéis costumam deixar você ficar um pouco mais, mas só até as 16:00 horas, sem custo adicional.

Mas, às vezes, mesmo onde você já se hospedou antes, e conseguiu, você poderá não conseguir o late check out. Isso depende do dia e, evidentemente, da lotação do hotel.

Mas, em regra, você consegue.

Ainda sobre as últimas compras, no dia de voltar para o Brasil, em Paris, compro no Supermercado Monoprix, em Montparnasse. Os vinhos são ótimos e os preços são ainda melhores. Que tal comprar um rosé da Provence por 5 (cinco) euros? Ou um branco da Alsácia por igual preço?

Os tintos de Bordeaux e da Borgonha também têm ótimos preços.

Detalhe: nunca comprei um vinho estragado, salvo uma vez em que comprei um branco da Alsácia na loja do produtor, em Obernai. Estava já oxidado, por causa do calor dentro da loja. Fui ingênuo, porque, quando na loja, não percebi o calor e não concluí que o vinho ali estocado já havia “ido para o espaço”.

No supermercado Monoprix, o vinho tem boa qualidade. Pode confiar.

Definida a data da viagem, e o número de dias em que você permanecerá na Europa, prepare seu roteiro.

Atenção: quando é você quem cria o próprio roteiro, a tentação é grande, para ir ao maior número possível de lugares.

Isso pode ser bom, porque você, na mesma viagem, conhece muitos lugares diferentes.

Mas pode ser ruim – e é, porque você faz uma viagem corrida (parecendo uma excursão), vendo pouco de muitas cidades.

O ideal é um meio termo, ficando um pouco mais em cidades grandes ou médias, e demorando menos na menores. O ideal, inclusive, é visitar as menores durante a viagem de uma maior ou média para outra. Ou seja, entre os pontos de pernoite.

Certa vez, com um colega, fizemos um sistema diferente. O pião. Ficamos três dias em Toulouse, um dia em Brive, a caminho de Bordeaux, três dias em Bordeaux, três dias em Rennes, e quatro dias em Paris.

De Toulouse, Bordeaux e Rennes, saíamos pela manhã, após o café, visitávamos várias cidades na região, e retornávamos para o pernoite.

Isso dá oportunidade de conhecer mais lugares com menos troca de hotéis e, consequentemente, menos arrumação de malas.

O sistema ideal para conhecer mais lugares, sem repetir estrada, é ter um ponto de chegada na Europa, e, a partir dalí, viajar em direção à cidade de despedida, sempre parando no caminho, aqui ou ali, de acordo com o desenvolvimento da viagem durante o dia, e optando para pernoitar numa cidade mais interessante, ou mesmo ao se aproximar a noite.

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COMO E COM QUEM IR

Se você nunca foi, e não vai acompanhando alguém que já foi, a primeira viagem será melhor, e mais proveitosa, se você for de excursão.

Isso é importante para você ter o primeiro contacto com a Europa e com os europeus, conhecer alguns de seus costumes e, sobretudo, saber escolher onde ir a partir da segunda viagem.

O primeiro cuidado, então, será escolher a agência de viagem.

Cuidado com as “agências de amigos” ou “indicadas por um amigo que conhece uma agência “pequena mas de bons preços””.

Em turismo, em se tratando de custo, não existe “milagre”.

Os preços de viagens, especialmente as internacionais, são mais ou menos uniformes. Desconfie dos pacotes baratos.

E lembre-se que uma viagem para Europa não é assim tão barata, a ponto de você poder jogar dinheiro fora por causa de uma má escolha de agência ou operadora.

Você pode estar entrando em uma arapuca.

Pessoalmente, em se tratando de excursão, já viajei por três agências.

Para a Europa, me dei por satisfeito com a Agência Abreu (www.abreutur.com). É uma agência portuguesa, centenária, séria, com guias portugueses; e nos ônibus só há brasileiros e portugueses.

Tem bons pacotes – de 10 até 21 dias; os preços são bons; e há opções de companhias aéreas.

Já fui numa companhia espanhola, mas não gostei.

Os hotéis não eram do mesmo nível dos da Agência Abreu. Em Roma, fiquei num hotel na periferia, em lugar que os motoristas de taxi não levavam.

Além disso, a maioria dos passageiros falava espanhol (Argentinos, Chilenos, Mexicanos, Peruanos). Foram bons companheiros, mas o idioma não ajudava. Mesmo porque a guia era Espanhola.

A partir da segunda viagem – mesmo que seja para um País que você ainda não conhece, descarte os pacotes de excursão.

Afinal, você já sabe o caminho, onde ir e como ir, e pode se virar com certa facilidade. Desde, é claro, que você fale ao menos o inglês ou o francês (mesmo que fale mais ou menos).

Por que não mais as excursões? Porque nessas você fica “engessado”. Tem horário para tudo. Geralmente, você tem que acordar entre 6:00 e 6:30 horas. Tem horário corrido para café da manhã, tem horário corrido para almoço, tem horário para deixar as malas no corredor, na porta do apartamento, tem aquela via sacra de colocar e tirar as malas no e do ônibus. Tem que pegar um bom lugar no ônibus, ou se sujeitar a um rodízio (que até que é democrático) de lugares com os outros passageiros. Tem que se sujeitar a atrasos de colegas da excursão. Há cidades em que você chega no meio da tarde e já vai embora no dia seguinte, logo após o café da manhã.

Por exemplo: na primeira vem que estive em Bordeaux, chegamos após as 15:00 horas, e fomos embora logo cedo, no dia seguinte. Resultado: não conheci Bordeaux, e ainda fiquei com péssima impressão da cidade.

Em Salamanca, foi a mesma coisa (e veja que a cidade é maravilhosa).

E ainda tem pior: no trajeto entre um ponto e outro da excursão, você passa por algum lugar maravilhoso, e só vê pela janela do ônibus, ao longe. E fica morrendo de vontade de voltar; sem nunca ter ido.

Por que ir por conta própria (sem excursão)?

Por que você é o dono de sua viagem. Vai quando quer, com quem quer, e onde quer.

Mas, cuidado com quem você vai convidar para ir com você, ou com quem vai se convidar para ir com você.

A companhia pode ser ótima. Mas, pode ser que você tenha que carregar mais “malas” do que você pensava.

Por exemplo: em Lisboa, um companheiro de viagem passou a discutir com o motorista do taxi, porque este, o motorista, não estava usando o cinto de segurança, e meu amigo via naquilo um absurdo, porque o gajo estaria desrespeitando as leis portuguesas. Fiquei com medo do motorista parar o carro e nos mandar descer.

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QUANTO CUSTA UMA VIAGEM?

Vamos falar da Europa – afinal, este bloco trata daquilo que está “ao redor de Paris”; que é a França e, de resto, toda a Europa.

A primeira coisa que você deve saber é que, na Europa (nos países que pertencem à Comunidade Européia), a moeda oficial é o Euro (aproximadamente R$2,70).

Na Inglaterra, mesmo pertencendo à Comunidade Européia, a moeda oficial é a Libra (aproximadamente R$3,50).

Também a Suiça tem moeda própria – o Franco Suiço.

Para você entrar na Europa é exigido que você tenha dinheiro para 60 euros por dia, por pessoa, ou um cartão de crédito internacional.

Quanto você vai gastar: numa viagem fora de excursão, ou seja, planejada e executada por você mesmo, o custo total por dia (passagem aérea, hotel, alimentação e carro alugado) fica em torno de R$600,00 (seiscentos reais) por pessoa.

No que diz respeito à passagem aérea, quanto mais tempo você ficar por lá o custo proporcional será mais baixo.

Se você for fazer viagens por trem, pela Europa, leve em consideração o fato de que o preço da passagem varia de acordo com a classe (primeira ou segunda), o dia da semana, e o horário. Também pode variar em função de determinadas épocas do ano.

O aluguel de carro fica bem em conta, sendo que uma semana de carro tipo BMW ou Mercedes-Benz, com GPS e todos os seguros, sai em torno de 900 a 1.200 euros. Parece caro, mas para os padrões da Europa e o tipo de carro não é.

Requisitos para entrar na Europa: Dinheiro ou cartão de crédito, como mencionado; seguro saúde de no mínimo 30 mil euros; passagem de volta e, dependendo do fiscal de imigração, hotel reservado ou carta convite de algum residente.

Não é exigido visto.

Para trânsito entre os países europeus e a Inglaterra tem controle de passaporte; como se você estivesse chegando pela primeira vez do Brasil.

Se você for de excursão, o custo depende da agência, do roteiro, e do tamanho da viagem.

Cuidado quando consultar os preços, porque algumas agências dão apenas o preço da parte terrestre, sendo necessário, ainda, somar o preço da passagem aérea.

Lembre-se que, a princípio, o preço da excursão pode parecer menor do que o da viagem por conta própria, mas na excursão voce fica preso ao pacote e a outros passageiros; e voce não pode escolher seus companheiros de viagem.

O custo da excursão pode ser menor porque as agências têm convênios e preços subsidiados com os hotéis e as companhias aéreas.

Lembre-se, também, que nem sempre o preço é sinônimo de melhor ou pior hotel. Há de ser levada em conta a categoria do hotel, o tipo de construção, a localização, os serviços, como café da manhã, disponibilidade de restaurantes, garagem ou estacionamento.

O que importa mesmo na escolha do hotel é você.

Eu, por exemplo, em Paris, só fico – há dez anos – no Mercure Montparnasse (www.accorhotels.com).

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VAMOS VIAJAR

INTRODUÇÃO

Se você nunca viajou para o Exterior, e está indeciso entre fazer sua primeira viagem para a América do Sul, os Estados Unidos ou a Europa, a escolha é fácil.

Se você tiver filhos com menos de 15 anos de idade, vá para os Estados Unidos.

Se não tiver filhos ou estes já tiverem mais de 15 anos, vá para a Europa.

E a América do Sul? Algum dia você vai. Mas primeiro conheça a Europa e os Estados Unidos.

Mesmo porque a América do Sul fica mais próxima, e você pode pegar pacotes de até cinco dias. Vem a calhar nos feriados e finais de semana emendados.

Nos Estados Unidos e, sobretudo na Europa, nunca fique menos de 10 dias. É perda de tempo e de dinheiro (afinal, a passagem não é assim tão barata).

Mas, cuidado com os períodos mais longos. Depois de 18 dias você já fica cansado; física e mentalmente, e o restante da viagem pode se tornar um tormento.

Sobre as passagens internacionais, uma curiosidade: quando havia controle de preços pelo Governo brasileiro, as companhias aéreas estrangeiras insistiam na liberação, dizendo que se isso ocorresse os preços cairiam até pela metade, por causa da concorrência com as companhias nacionais.

Afinal, o Governo liberou os preços das passagens. Caiu? NÃO. AUMENTOU. Na verdade, quase dobrou.

Por qual companhia viajar?

Para a Europa, temos a TAM (brasileira), a Air France, a Lufthansa, a Ibéria, a TAP, a British Airways, a KLM, e outras.

Já fui pela TAM, pela Air France, pela KLM, e pela TAP. No interior da Europa, viajei pela Alitália, pela Lufthansa e pela Austrian Airlines.

Para meu gosto, no geral, a melhor, disparada, é a Air France. Bons aviões, bons atendentes (comissários de bordo), pontualidade, e boa comida.

Experimente a classe Premium Voyageur. Intermediária da Executiva e da Econômica. Confortável, por preço um pouco maior do que a Econômica.

Já a comida da TAM? – Convém levar um lanchinho. Que a TAM não tome como crítica, mas apenas como um incentivo para melhorar, porque tem potencial.

Para quem mora em Belo Horizonte, a vantagem da TAP é o vôo direto de CONFINS até Lisboa.

A KLM – que pertence à Air France – é muito boa.

Fico com a AIR FRANCE (www.airfrance.com).

Mas, passagens à parte, você deve planejar sua viagem.

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